Hora de fechar 'os balanços'

Mais um fim-de-ano que passou! Compras, presentes, preparações das mais diversas: viagens, confraternizações, festas, amigo oculto, roupas adequadas para cada ocasião; telefonemas para os mais chegados, cartões de Natal e boas festas, enfim, uma gama de providências e preparativos que todo bom fim-de-ano requer. E para empresas e empresários, além das tarefas e ocupações normais dessa época, têm também a de preparar-se para o fechamento do Balanço da atividade econômica por eles desenvolvida. São diversas exigências impostas tanto pela fiscalização tributária como também pelas normas internas da empresa, a serem cumpridas para o exato conhecimento da verdadeira situação econômico-financeiro do ano que se encerra. Na data base que é o dia 31 de dezembro, precisa-se saber qual o valor dos estoques, dos saldos bancários, valores dos créditos com clientes, dívidas para com fornecedores, valores pendentes ou em trânsito. É preciso checar se as metas foram atingidas, se os custos e as despesas não ultrapassaram o orçamento, se a lucratividade e a rentabilidade estão dentro da programação estabelecida, se os proprietários e investidores terão um retorno satisfatório. De posse de tais dados, devidamente processados pela contabilidade, extrai-se o que podemos chamar de a "estática da dinâmica", a "fotografia da empresa": o Balanço Patrimonial. A peça que fornecerá informações sobre a administração da empresa. O Balanço Patrimonial é como se fosse um espelho que reflete a imagem da empresa naquele exato momento. É um extrato de como a empresa vem sendo gerenciada. Voltando à nossa correria de final de ano que falávamos no início, eu lhe pergunto: - E o seu "Balanço Patrimonial" como está? É, o seu mesmo, e não o da sua empresa! - Ora, eu também preciso fechar meu "balanço"? - você indaga curioso. É claro que não. Mas se você quiser aproveitar, a época é muito propícia para uma reflexão sobre como vai a sua "empresa" (vida). Assim como as empresas que possuem uma vasta gama de relacionamentos, tais como: comerciais, fiscais, bancários, funcionais, pessoais, etc., você também, como pessoa e ser humano, tem uma série de atribuições e compromissos que lhe envolvem e o torna responsável por si mesmo e até por terceiros. Cabe somente a você tal gerenciamento. Que tal fazer o seu "balanço"? Mas, não esqueça, em todos os aspectos. Não só no patrimonial, financeiro, econômico, como também no pessoal, sentimental, social, comunitário, ético, e tantos outros campos onde você milita e convive. Desnecessário descer a minúcias tentando exemplificar cada aspecto, pois você melhor do que ninguém conhece todos os detalhes que vem influenciando na sua forma de atuação em todos os campos. De posse de todos os dados, faça também a sua contabilidade e verifique como foi seu ano. Você cresceu como ser humano? Foi solidário quando o irmão necessitado o procurou? Acompanhou os trabalhos escolares de seu filho? Promoveu a paz e a tranqüilidade em todos os ambientes que freqüentou? Foi solícito e incentivou a concórdia no seu ambiente de trabalho? Faça uma verdadeira auditoria em suas "contas". Procure analisar todas as metas que atingiu e quais os meios utilizados. As metas não atingidas também devem ter análise criteriosa e se necessário correção de rota para nova investida. Não abandone seus sonhos. Se não os alcançou, persista. Se realizou, melhore-os. Olhe-se no espelho. Olhe-se para dentro de você. E assine logo esse "balanço", pois você é o único responsável.

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